quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Inclusão e Altas habilidades/superdotação

Altas habilidades/superdotação na Educação Infantil

É importante ressaltar que crianças superdotadas em idade pré-escolar constituem um grupo heterogêneo em termos de interesses, níveis de habilidades, desenvolvimento emocional, social e físico (Cline & Schwartz, 1999). Nesse sentido, podemos nos deparar com uma criança avançada do ponto de vista intelectual, mas imatura emocionalmente.
O professor deve estar atento a essa possível falta de sincronia entre desenvolvimento intelectual e afetivo ou físico. Por exemplo, uma criança superdotada pode apresentar leitura precoce, porém ter dificuldade em manipular um lápis, pois suas habilidades motoras não estão totalmente desenvolvidas.
Além disso, a habilidade superior demonstrada por essa criança pode ser
resultado de uma estimulação intensa por parte das pessoas significativas de seu ambiente.
Ao atingir a idade escolar, o desenvolvimento dessa criança pode se normalizar e ela passar
a apresentar um desempenho semelhante aos alunos de sua idade. Por isso, nem sempre
uma criança precoce poderá ser caracterizada como superdotada. É essencial, portanto,
acompanhar o desempenho dessa criança, registrando habilidades e interesses demonstrados
ao longo dos primeiros anos de escolarização, oferecendo várias oportunidades estimuladoras
e enriquecedoras ao seu potencial.

Dentre as características mais comumente encontradas em crianças superdotadas em idade pré-escolar destacam-se (Cline & Schwartz, 1999; Lewis & Louis, 1991):

• Alto grau de curiosidade
• Boa memória
• Atenção concentrada
• Persistência
• Independência e autonomia
• Interesse por áreas e tópicos diversos
• Aprendizagem rápida
• Criatividade e imaginação
• Iniciativa
• Liderança
• Vocabulário avançado para a sua idade cronológica
• Riqueza de expressão verbal (elaboração e fluência de idéias)
• Habilidade para considerar pontos de vistas de outras pessoas
• Facilidade de interagir com crianças mais velhas ou com adultos
• Habilidade para lidar com idéias abstratas
• Habilidade para perceber discrepâncias entre idéias e pontos de vista
• Interesse por livros e outras fontes de conhecimento
• Alto nível de energia
• Preferência por situações/objetos novos
• Senso de humor
• Originalidade para resolver problemas

Metodologia e estratégias pedagógicas

Estratégias de atendimento ao aluno com altas habilidades/superdotado envolvem,
muitas vezes, diferençar ou modificar o currículo regular de modo a adequar o processo de
aprendizagem às necessidades e características desse aprendiz. Diferentes estratégias podem
ser empregadas nas classes comuns para diferenciação e modificação do currículo regular,
contribuindo, inclusive, para estimular potencialidades de toda a turma. A seguir, são
apresentados alguns exemplos de estratégias metodológicas e pedagógicas. Elas se aplicam
tanto à educação infantil quanto ao ensino fundamental.
• A aprendizagem deve ser centrada no aluno. Leve em consideração os interesses e
habilidades dos alunos.
• Implemente atividades de enriquecimento em sala de aula, como, por exemplo,
dramatizações, produção de histórias etc.
• Investigue os interesses, os estilos de aprendizagem1 e de expressão dos seus alunos
ou observe-os de forma a identificar seus interesses, pontos fortes e talentos.
• Analise e modifique o currículo existente de forma a identificar e eliminar
redundâncias e incrementar unidades que sejam desafiadoras para os alunos.
• Retire ou reduza do currículo a ser desenvolvido conteúdo que os alunos já dominam
ou que pode ser adquirido em um ritmo compatível com suas habilidades. O uso
dessa estratégia educacional elimina conteúdo curricular repetitivo, cria um ambiente
de aprendizagem desafiador, reduz sentimentos de apatia e desinteresse dos alunos
superdotados com relação às atividades desenvolvidas em sala de aula, e possibilita
a esses alunos utilizar o tempo economizado para se dedicar às atividades de seu
interesse. É importante que seja feita uma avaliação criteriosa do nível de
conhecimento do aluno acerca do conteúdo antes de se implementar essa estratégia.
• Desenvolva atividades com diferentes produtos finais, de modo que as necessidades
individuais possam ser atendidas.
• Permita que os alunos comuniquem conhecimento ou experiências prévias.
• Use várias estratégias de ensino (atividades em grupo, dramatização, brincadeiras
etc) de forma a assegurar o envolvimento do aluno em sala de aula.
• Convide pessoas da comunidade ou especialistas para falar para os alunos de forma
a despertar o interesse dos mesmos sobre o conteúdo estudado e promover o
desenvolvimento de habilidades.
• Envolva os alunos em atividades de solução de problemas que os levem a transferir
os objetivos de aprendizagem a situações em que a criatividade e outras habilidades
superiores de pensamento (por exemplo, análise, avaliação, síntese) sejam
empregadas.
• Estimule os alunos a encontrar respostas para suas próprias questões por meio de
projetos individuais (ex.: registro de atividades e descobertas em álbuns, cartazes,
filmagens, gravações, desenhos, colagens) e atividades de exploração.
• Envolva os pais no processo de aprendizagem de seus filhos (tutoria, acompanhamento
no dever de casa).
• Dê ao aluno oportunidade de escolha, levando em consideração seus interesses e
1habilidades.
• Dê oportunidades ao aluno de obter conhecimento pessoal acerca de suas
habilidades, interesses e estilos de aprendizagem, oferecendo experiências de
aprendizagem variadas.
• Relacione os objetivos do conteúdo às experiências dos alunos.
• Ofereça aos alunos informações que sejam importantes, interessantes,
contextualizadas, significativas e conectadas entre si, levando em consideração os
interesses e habilidades das crianças.
• Oriente o aluno a buscar informações adicionais sobre tópicos de seu interesse,
sugerindo fontes de informações diversificadas (livros, indivíduos, revistas, internet
etc).
• Estimule o aluno a avaliar seu desempenho em uma atividade ou tarefa.
• Valorize produtos e idéias criativas.
• Situe os alunos nos grupos com os quais melhor possa trabalhar. Dê oportunidade
aos alunos de desenvolverem atividades com outros de mesmo nível de habilidade.
• Ofereça ao aluno oportunidade de visitar e observar locais variados (ex.: parques,
jardim zoológico, jardim botânico, teatros, comércio, galerias de arte, museus, lojinha
de animais domésticos, feira, praça etc).
• Evite rotular o aluno de superdotado. Trate as diferenças individuais como um fato
natural. Lembre-se de que nem sempre o aluno superdotado terá um desempenho
excelente em todas as áreas ou atividades.

Atendimento suplementar

Conforme as Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica (Brasil
2001d), devem ser oferecidos serviços de apoio pedagógico especializado aos alunos com
necessidades educacionais especiais. No caso do superdotado, sugere-se o atendimento
suplementar para aprofundar e/ou enriquecer o currículo escolar. Este atendimento é realizado
em salas de recursos, localizadas em escolas da rede regular de ensino, em horário contrário
ao da sala de aula comum. A sala de recursos atende alunos oriundos da própria escola e de
escolas próximas que não possuem tal serviço. O atendimento suplementar a alunos
superdotados da educação infantil inicia-se por volta dos quatro anos de idade e tem como
objetivo oferecer oportunidades para que eles explorem áreas de interesse, aprofundem
conhecimentos já adquiridos e desenvolvam habilidades relacionadas à criatividade, resolução
de problemas e raciocínio lógico. Além disso, esse atendimento contribui para o
desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, como cooperação e autoconceito, e
propicia ao aluno oportunidades para eles vivenciarem o processo de aprendizagem com
motivação. É importante ressaltar que não é simples realizar, com precisão, um diagnóstico
de superdotação para crianças da educação infantil, considerando-se que elas estão em fase
inicial de desenvolvimento e que podem, ainda, ser muito estimuladas pela família. Nesse
sentido, o atendimento em salas de recursos possibilita ao professor observar e acompanhar
o desempenho do aluno e verificar se o mesmo pode ser caracterizado como uma criança com altas habilidades/superdotada.

Fonte:Saberes e Práticas da Inclusão - Altas habilidades/superdotação na Educação Infantil
Ministério da Educação / Secretaria de Educação Especial

PS. Vale a pena consultar este material na íntegra; trouxe alguns recortes do documento apenas para título de conhecimento do assunto, mas é um tema que deve ser aprofundado por todos nós enquanto educadores.
-----------------------------------------------------------
nteligência em todos
os seus alunos e não só queles que possuem um alto QI ou que tiram as melhores notas; desenvolver mportamentos uperdotados em todos aqueles que têm potencial; nutrir o potencial da criança, rotulando o serviço e não o aluno; e desenvolver uma grande variedade de alternativas ou opções para atender as necessidades de todos os estudantes"
(Treffinger & Renzulli, 186).


pssoque marcaram a história por suas contribuições ao conhecimento e à cultura
não slembradas pelas notas que obtiveram na escola ou pela quantidade de informações que conuim memorizar, mas sim pela qualidade de suas produções criativas, expressas em , ensaios, filmes, descobertas
científicas, etc."
(Renzulli & Reis, 1985, p. 5).


O QUE NOS MOSTRA A HISTÓRIA?

􀁠 O professor de música de Beethoven uma vez disse que, como compositor, ele era “sem
esperança”.
􀁠 Isaac Newton - que descobriu o cálculo, desenvolveu a teoria da gravitação universal,
originou as três leis do movimento - tirava notas baixas na escola.
􀁠 Albert Einstein tinha dificuldades de ler e soletrar e foi reprovado em matemática.
􀁠 John Kennedy recebia em seus boletins constantes observações de “baixo rendimento” e tinha dificuldade em soletrar.
􀁠 Walt Disney foi despedido pelo editor de um jornal porque ele “não tinha boas idéias e
rabiscava demais”
􀁠 Dr. Robert Jarvick foi rejeitado por 15 escolas americanas de medicina. Ele inventou o
coração artificial.
􀁠 Thomas Edison, que além da lâmpada elétrica inventou a locomotiva elétrica, o fonógrafo
(que virou o gravador), o telégrafo e o projetor de cinema, foi um mau aluno, pouco assíduo e
desinteressado. Saiu da escola e foi alfabetizado pela mãe.

Formulário para a identificação da superdotação

Reserve alguns minutos para listar os nomes dos alunos que venham primeiramente à sua mente quando você lê as
descrições abaixo. Utilize esta lista como uma “associação livre” e de forma rápida. Não é necessário preencher todas
as linhas. É provável que você encontre mais do que um aluno em cada descrição.
01 Aprende fácil e rapidamente
02 Original, imaginativo, criativo, não-convencional
03 Amplamente informado; informado em áreas não comuns
04 Pensa de forma incomum para resolver problemas
05 Persistente, independente, auto-direcionado (faz coisa sem que seja mandado)
06 Persuasivo, capaz de influenciar os outros
07 Mostra senso comum; pode não tolerar tolices
08 Inquisitivo, cético, curioso sobre o como e porque das coisas
09 Adapta-se a uma variedade de situações e novos ambientes
10 Esperto ao fazer coisas com materiais comuns
11 Habilidades nas artes (música, dança, desenho etc.)
12 Entende a importância da natureza (tempo, lua, sol, estrelas, solo, etc.)
13 Vocabulário excepcional, verbalmente fluente
14 Aprende facilmente novas línguas
15 Trabalhador independente, mostra iniciativa
16 Bom julgamento, lógico
17 Flexível, aberto
18 Versátil, muitos interesses, interesses além da idade cronológica
19 Mostra insights e percepções incomuns
20 Demonstra alto nível de sensibilidade, empatia com relação aos outros
21 Apresenta excelente senso de humor
22 Resiste à rotina e repetição
23 Expressa idéias e reações, freqüentemente de forma argumentativa
24 Sensível à verdade e à honra
Fonte: Galbraith e Delisle (1996, p. 14)

PS. Veja na íntegra este documento, contém informações importantes, aqui é só uma amostra do conteúdo... clique no endereço abaixo:

FONTE: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me004719.pdf


--------------------------------------------------------------------------

ABAHSD Associação Brasileira para Altas habilidades/ Superdotados

fundada em 19/11/1991, como seccional da Associação Brasileira para Superdotados é uma entidade da sociedade civil sem fins lucrativos que congrega pessoas interessadas em questões de inteligência, criatividade e superdotação.
Tem por finalidade a inclusão social de pessoas com altas habilidades/superdotadas e o estímulo de suas potencialidades, de modo a favorecer-lhes a auto-realização.
MISSÃO - Promover o pleno desenvolvimento do talento das pessoas com altas habilidades/superdotadas.
LEMA - Talento não se desperdiça, estimula-se.
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS
- Sensibilizar para a importância de se criar condições favoráveis ao desenvolvimento e aproveitamento do talento, da inteligência e da criatividade;
- Contribuir para a formação e aperfeiçoamento de recursos humanos destinados à pesquisa, à identificação e ao atendimento de superdotados.
- Colaborar com as entidades públicas e privadas responsáveis por formular e promover a política de atendimento e inclusão social das pessoas com altas habilidades/superdotadas.
- Congregar pessoas físicas e jurídicas interessadas em questões de inteligência, criatividade e superdotação a fim de estabelecer intercâmbio de conhecimentos e experiências, coordenando seus esforços, estudos e ações.
- Realizar estudos científicos e pesquisas sobre as pessoas com altas habilidades/superdotadas, particularmente quanto a sua identificação e atendimento.

Fonte: http://www.ut.com.br/altashabilidades/index.htm

---------------------------------------------------------------------------

ConBraSD - Conselho Brasileiro para Superdotação

A área das altas habilidades/superdotação é relativamente nova no Brasil, e está cercada por muitos mitos que acentuam o desconhecimento deste tema em nossa comunidade.
Embora se reconheça que os superdotados sejam peças-chave para o desenvolvimento dos países, os esforços feitos no sentido de promover a atualização deste potencial no nosso país ainda são tímidos e ineficientes, atingindo apenas uma pequena parcela da população.
Reconhecendo esta necessidade e carência, criou-se o Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD), sociedade não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 29 de março de 2003 em Brasília - DF.
Sua finalidade é a integração dos indivíduos mais capazes e o estímulo de suas potencialidades, de modo a favorecer-lhes a auto-realização e propiciar condições a fim de que se tornem fator de aceleração para a sociedade.

Fonte: http://www.conbrasd.com.br/

-------------------------------------------------------------

COMO ANTENDER ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES
anças superdotadas também precisam detendimento especializado. Saiba como agir com esse público
Trabalhar com alunos com altas habilidades requer, antes de tudo, derrubar dois mitos. Primeiro: esses estudantes, também chamados de superdotados, não são gênios com capacidades raras em tudo - só apresentam mais facilidade do que a maioria em determinadas áreas. Segundo: o fato de eles terem raciocínio rápido não diminui o trabalho do professor. Ao contrário, eles precisam de mais estímulo para manter o interesse pela escola e desenvolver seu talento - se não, podem até se evadir. A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que pelo menos 5% da população tem algum tipo de alta habilidade. No Brasil, até o ano passado, haviam sido identificados 2,5 mil jovens e crianças assim. Para dar um atendimento mais qualificado a esse público, o Ministério da Educação (MEC) criou em 2005 Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação em todos os estados. Apesar de ainda pouco estruturados, esses órgãos que têm o papel de auxiliar as escolas quando elas reconhecem alunos com esse perfil em suas salas de aula.
Instituições não governamentais também apoiam professores e familiares que procuram ajuda para desenvolver talentos. Alguns exemplos são o Instituto Rogério Sternberg, no Rio de Janeiro, e o Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais da Universidade Federal do Paraná.

Os superdotados não são iguais e se dividem em vários perfis

Especialistas ressaltam que nem sempre esses alunos são os mais comportados e explicam que as altas habilidades são divididas em seis grandes blocos:

- Capacidade Intelectual Geral Crianças e jovens assim têm grande rapidez no pensamento, compreensão e memória elevadas, alta capacidade de desenvolver o pensamento abstrato, muita curiosidade intelectual e um excepcional poder de observação.

- Aptidão Acadêmica Específica Nesse caso, a diferença está em: concentração e motivação por uma ou mais disciplinas, capacidade de produção acadêmica, alta pontuação em testes e desempenho excepcional na escola

- Pensamento Criativo Aqui se destacam originalidade de pensamento, imaginação, capacidade de resolver problemas ou perceber tópicos de forma diferente e inovadora.

- Capacidade de Liderança Alunos com sensibilidade interpessoal, atitude cooperativa, capacidade de resolver situações sociais complexas, poder de persuasão e de influência no grupo.

- Talento Especial para Artes Alto desempenho em artes plásticas, musicais, dramáticas, literárias ou cênicas, facilidade para expressar ideias visualmente, sensibilidade ao ritmo musical.

- Capacidade Psicomotora A marca desses estudantes é o desempenho superior em esportes e atividades físicas, velocidade, agilidade de movimentos, força, resistência, controle e coordenação motora fina e grossa.

Veja a reportagem na íntegra:
Fonte: Revista nova Escola / Edição 224 Agosto 2009

====================================

Para saber mais sobre superdotação / altas habilidades, clique no portal do MEC
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/superdotacao.pdf

====================================

Filmes que falam sobre Altas Habilidades/ Superdotação

Mentes que brilham
Lances inocentes
Gênio Indomável
Uma mente Brilhante
Sociedade dos Poetas Mortos
Surpreenda-me se for capaz
Encontrando Forrester
Amadeus
BrilhanteHackers-Piratas de Computador
Código para o Inferno


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Símbolo Internacional da Surdez


LEI N. 8.160, DE 8 DE JANEIRO DE 1991
Dispõe sobre a caracterização de símbolo que permita a identificação de pessoas portadoras de deficiência auditiva.
O Presidente da República:
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Artigo 1º - É obrigatória a colocação, de forma visível, do "Símbolo Internacional de Surdez" em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de deficiência auditiva, e em todos os serviços que forem postos à sua disposição ou que possibilitem o seu uso.
Artigo 2º - O "Símbolo Internacional de Surdez" deverá ser colocado, obrigatoriamente, em local visível ao público, não sendo permitida nenhuma modificação ou adição ao desenho reproduzido no anexo a esta Lei.
Artigo 3º - É proibida a utilização do "Símbolo Internacional de Surdez" para finalidade outra que não seja a de identificar, assinalar ou indicar local ou serviço habilitado ao uso de pessoas portadoras de deficiência auditiva.
Parágrafo único - O disposto no caput deste artigo não se aplica à reprodução do símbolo em publicações e outros meios de comunicação relevantes para os interesses do deficiente auditivo, a exemplo de adesivos específicos para veículos por ele conduzidos.
Artigo 4º - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias, a contar de sua vigência.
Artigo 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Artigo 6º - Revogam-se as disposições em contrário.

A película, que deve ser colada no vidro traseiro do carro, informa aos demais motoristas que o condutor não pode ouvir sons, como a buzina de veículos e sirenes de viaturas policiais e ambulâncias.O adesivo também pode ser usado nos vidros dianteiros, no intuito de mostrar a policiais e autoridades de trânsito que o condutor não pode ouvir, evitando, assim, possíveis desentendimentos.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no Brasil aproximadamente 5,7 milhões de brasileiros com algum grau de deficiência auditiva.DivulgaçãoSegundo a subgerente de condutores do Detran/ES, Giovana Camata, atendendo a uma solicitação do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), cartazes e panfletos informativos sobre o símbolo estão sendo distribuídos para todas as Circunscrições Regional de Trânsito (Ciretrans) do Estado, além dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) e clínicas credenciadas.O objetivo é mostrar a todos os condutores a importância do respeito aos motoristas com deficiência auditiva no trânsito. Os cartazes e panfletos têm o seguinte slogan: "Para quem não consegue ouvir, este símbolo é a voz da razão. O respeito é a segurança de todos".
É preciso que os condutores saibam que este símbolo indica um motorista surdo ao volante. Para avisá-los de algo no trânsito, não adianta buzinar. O melhor é fazer sinais gestuais. Se as pessoas não entenderem o símbolo, ou não o respeitarem, podem ocorrer sérios inconvenientes, ressaltou Giovana.Os deficientes auditivos interessados em obter os adesivos devem procurar a Subgerência de Condutores, na sede do Detran/ES, em Vitória, o Ciretran ou o Posto de Atendimento Veicular (PAV) do seu município e apresentar o requerimento do adesivo (disponível nos mesmos), junto com laudo médico que ateste a deficiência, ou cópia autenticada. Após o procedimento, o condutor receberá a película em sua residência.
Fonte: http://blogvozesdosilencio.blogspot.com
-----------------------------------------------