terça-feira, 12 de outubro de 2010

Educadores Especiais

Educadores como você...

Carla anda de cadeira de rodas. George é cego. Rodrigo e Patrícia são surdos. Débora tem síndrome de Down. Além de possuírem algum tipo de deficiência, eles têm mais coisas em comum: cresceram numa época em que inclusão ainda era uma palavra que não significava a total integração à escola e à sociedade de pessoas com necessidades educacionais especiais. Mesmo assim, os cinco lutaram contra preconceitos, conquistaram espaço no mercado de trabalho e hoje são EDUCADORES COMO VOCÊ...

Voltar a sonhar
Carla Costa Kind da Silva, professora
A dor que a professora Carla Costa Kind da Silva sentiu nas costas numa noite de1994 foi tão intensa que ela desmaiou. Quando acordou, no centro de tratamento intensivo de um hospital do Rio de Janeiro, ela não mexia nem o pescoço. Segundo os médicos, uma inflamação na medula tinha deixado Carla paralisada para sempre. "Senti que era o fim de meus sonhos." Aos 23 anos, Carla estava noiva havia três meses, tinha mais um ano para se formar em Ciências Sociais e planejava fazer mestrado... Sem perspectiva de melhora, ela propôs o fim do noivado, mas o bombeiro Sérgio Sousa da Silva não quis nem ouvir seus argumentos e tomou uma decisão radical. Mudou-se para a casa dela e começou a estudar acupuntura, shiatsu, ioga, fitoterapia e fisioterapia para ajudá-la no tratamento. Tão misteriosa quanto o aparecimento da doença tem sido sua recuperação. Contra todas as previsões, em seis meses ela movimentava os braços e hoje consegue ficar em pé sobre uma das pernas. Aceitar as limitações não foi fácil. No início, ela não queria sair de casa por vergonha da cadeira de rodas, mas a família decidiu "arrastá-la". Sábia decisão. Dali em diante, sua postura mudou. Carla retomou os estudos e lutou para voltar a lecionar. Há seis anos, casou-se com Sérgio - de véu e grinalda - e teve o prazer de entrar na igreja andando, amparada pelos pais. Há dois anos, deu à luz André Luiz, deixando muita gente espantada. Assim como cuida do filho, Carla dá conta da turma de Educação Infantil do CIEP Yuri Gagarin, onde nem tudo está adaptado à sua condição. A rampa de entrada é íngreme e perigosa, mas na sala há espaço para circular com a cadeira de rodas. Hoje, aos 35 anos, ela faz valer seus direitos, exerce com prazer a profissão que escolheu e encara a vida com alegria.

Pela luz dos olhos dele
George Gomes de Oliveira, estudante
Ao visitar uma escola, no final de 2004, o então estudante de História George Gomes de Oliveira ouviu de um aluno:
- Você não enxerga nada?
- Nada, nadinha...
- E vai dar aula pra gente no ano que vem?
- Pode ser. Por quê?
- Vixe! Já pensou se você entrar na sala e todos nós sairmos de mansinho?
- Eu não enxergo um palmo à frente do nariz. Aliás, nem o nariz eu enxergo. Mas sei dar aula direitinho!
esse mesmo bom humor, o professor Georges e apresentou no ano passado às 12 turmas da EE Francisco de Paula Antunes, em Brasília de Minas, a 450 quilômetros de Belo Horizonte. Ele perdeu a visão do olho direito aos 6 anos, ao cair de um cavalo. Aos 12, a retina esquerda também o deixou na mão. Desanimado, parou de estudar. O garoto voltou à escola só aos 19 anos, quando fez supletivo e aprendeu braile. Seu sonho era fazer Processamento de Dados. "Queria usar softwaresque obedecessem a comandos de voz." Aprovado na seleção, não pôde fazer o curso, pois a escola técnica não estava preparada para receber cegos. Que decepção! No Ensino Médio, conheceu um professor de História que, para driblar a gagueira, entrava na sala declamando a matéria. "Essa estratégia fantástica me fez pensar em lecionar." Um outro professor, de Física, sugeriu que ele gravasse as aulas. Um santo conselho. Hoje seu acervo tem mais de 350 fitas, incluídas as da faculdade. Passar no vestibular da Universidade Estadual de Montes Claros foi moleza. "Só percebemos que George era cego no quinto dia de aula", lembra Leandro Mendes, colega de graduação e de profissão. Professor conservador, em sua própria avaliação, George, 33 anos, decora o conteúdo por tópicos depois de ouvi-los nas fitas. Em classe, dita para uma aluna, que passa tudo no quadro - para onde ele aponta durante as explicações, como se estivesse destacando alguma informação. Só nos dias de prova Leandro vem ajudá-lo. "É para ver se ninguém está colando."

"Eu gosto de ensinar"
Patrícia Alessandra Luciano Campos e Rodrigo CésarBaltazar Campos
Patrícia Alessandra Luciano Campos, 31 anos, é pura tranqüilidade. O marido, Rodrigo César Baltazar Campos, 35, é agitado e grande contador de histórias. Os dois são surdos e ainda eram adolescentes quando se conheceram. Hoje vivem num espaçoso apartamento em Florianópolis com o filho, Lucas. O garoto, de 6 anos, é muito apegado aos pais, apesar de eles se comunicarem em uma língua diferente. Lucas ouve perfeitamente. Para que desenvolvesse a fala, contou com o estímulo dos avós e da babá e foi para a escola logo depois do primeiro aniversário. Ele ainda não conhece muito bem a Língua Brasileira de Sinais (libras), mas vai aprender. Afinal, a mãe é professora da matéria. "Foi ela quem me ensinou libras", recorda Rodrigo, que, quando garoto, enfrentou muitos problemas na escola. Língua de sinais, naquele tempo, nem pensar! A dificuldade em Língua Portuguesa o levou a ser reprovado várias vezes. Patrícia também enfrentou desafios. Os pais dela, assim como os de Rodrigo, queriam que Patrícia só fosse oralizada (aprendesse a falar). Ela até consegue falar um pouco e, quando não se faz entender, usa mímica, aponta ou escreve. Mas, rebelde como qualquer adolescente, aprendeu libras escondido. Em março, o casal se formou em Pedagogia e sabe bem o valor de uma escola preparada para lidar com as diferenças. Além da linguagem de sinais, Patrícia ensina Língua Portuguesa para os alunos surdos da Escola Básica Donícia Maria da Costa. Rodrigo trabalha na administração da empresa da família e começou este ano a dar aulas de Matemática na sala de apoio da mesma escola. "Meu maior orgulho foi ver uma aluna da 7a série tirar10 na prova. Ela só tinha notas vermelhas", conta. Na foto, Rodrigo diz com as mãos: "Eu gosto". E Patrícia, completa: "De ensinar".

Questão de estímulo
Débora Araújo Seabra de Moura
"Tenho síndrome de Down e não quero ser discriminada. Vim cursar o Magistério e vou até o fim." Assim Débora Araújo Seabra de Moura se apresentou aos colegas na EE Luís Antônio, em Natal. Apesar da atitude firme, enfrentou professores que a consideravam incapaz e colegas que abusavam de sua bondade. Débora escreveu uma carta para a diretora relatando o tratamento de que era vítima. Ao se formar, mandou convite para todos os antigos mestres. Os pais, a advogada Margarida e o psicanalista José Robério, comemoraram mais essa etapa de luta por espaços e estimulação que começou quando a filha nasceu. A equipe da Escola Doméstica - onde ela cursou parte do Ensino Fundamental - ofereceu classes para a jovem estagiar. "Queríamos ajudá-la... Que paternalismo! É ela quem nos ensina, e muito", diz a vice-diretora, Cristine Rosado. Débora, 25 anos, é professora auxiliar de uma turma com 27 crianças, de 3 e 4 anos. Trabalha como voluntária porque, se for registrada, perde o direito a pensão em caso de morte dos responsáveis (os pais lutam para mudar a lei). Débora faz o planejamento das aulas com a professora titular e, com uma orientadora pedagógica, em casa, pesquisa e traça metas individuais. Ela mantém um diário em que anota tudo o que acontece na escola. "Tenho um aluno agressivo. Se ele continuar assim, vai ficar sem amigos", escreveu no ano passado. Ela conversou com o menino e com os pais dele. No final do ano, o garoto havia mudado. "Fiquei emocionada quando ele me disse que eu era ótima professora."
Fonte: Revista Nova Escola: Inclusão Social e Profissional/ Educadores como você

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Homenagem a Dorina Nowill



Mauricio de Sousa homenageia Dorina Nowill
Criadora de famosa fundação para cegos inspirou a personagem Dorinha da Turma da Mônica.
No domingo (29/08/2010), a pedagoga Dorina Gouvêa Nowill morreu aos 91 anos, em São Paulo, devido a uma parada cardíaca. Com o objetivo de tornar acessível aos cegos materiais de estudo escritos em braile, Dorina criou uma fundação que leva o seu nome e ficou famosa por isso.Em 2004, inspirou Mauricio de Sousa na criação da personagem Dorinha, como um símbolo da conscientização das crianças quanto à deficiência visual.Com a sua morte, o famoso quadrinista fez uma declaração em sua homenagem:
- Por aqui, sentiremos sua falta, é claro. Mas quando bater aquela saudade basta lembrar da energia que ela sempre transmitiu a quem estivesse ao seu redor.
Fonte: R7 entretenimento
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"Ficam a saudade e os exemplos como guias para a continuidade do trabalho iniciado e desenvolvido por Dorina em mais de seis décadas"
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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Chegou a hora de acabar com o Braile?


Muita tecnologia surgiu para ajudar os cegos. E para questionar o uso de um sistema que até hoje reinava sozinho
Comentário SACI: Reportagem da edição número 281, de agosto de 2010 da Revista Super Interessante.
Frederic K. Schroeder
A tecnologia dedicada a ajudar deficientes visuais tem evoluído muito. Novas ferramentas vêm ampliando o acesso de cegos à informação escrita: audiolivros, softwares que leem em voz alta o e-mail que acabou de chegar, serviços telefônicos que leem o jornal pela manhã. Sem dúvida, uma mão na roda, que dá mais opções aos cegos.
Essas novidades conquistaram o espaço. E, confiando nelas, os cegos estão deixando de ler. Estão apenas ouvindo. Há deficientes visuais que já aderiram completamente à tecnologia. Alguns professores de escolas para cegos também não veem mais espaço para o braile. Tanto que quase 90% das crianças cegas americanas estão crescendo sem aprender a ler e escrever. Isso é um sinal de progresso? Devemos celebrar o declínio do braile?
É verdade, a tecnologia permite a absorção rápida de muita informação. O problema é que essas novas ferramentas oferecem um tipo passivo de leitura. Ao contrário do braile, que permite uma leitura ativa. Com ele, o cérebro recebe as informações de forma diferente: além do conteúdo, absorve também as letras, a pontuação, a estrutura do texto.
A falta desse conhecimento pode prejudicar a formação de alguém. Aconteceu comigo. Perdi parte da visão aos 7 anos de idade. Aos 16, fiquei completamente cego. Não fui alfabetizado em braile quando criança, e tive de aprender a ler e escrever sozinho depois de cego. O aprendizado tardio prejudicou minha educação e minha confiança. Quando entrei na universidade, não podia soletrar. Sabia pouco sobre pontuação e regras gramaticais. Fiz um doutorado em administração da educação, mas a alfabetização limitada foi sempre uma barreira.
Hoje uso muita tecnologia de áudio. Com ela, posso ler o texto no computador em um ritmo de 250 palavras por minuto. Com o braile, leio 50 palavras por minuto. Mas a tecnologia é complicada para reuniões e palestras. Se preciso ler um discurso que escrevi, buscar notas no meio de uma apresentação, consultar tabelas, só o braile evita que eu desvie a atenção do conteúdo principal.
É como para as pessoas que têm visão: rádio e TV são métodos úteis de conseguir informação, mas não substituem a leitura. Não quero dizer que a tecnologia de áudio não é importante na vida dos cegos. Ela é. Mas deficientes visuais necessitam de uma maneira eficiente de ler e escrever, como todo mundo. Isso significa que precisamos garantir o acesso a todo tipo de tecnologia que apareça e seja capaz de auxiliar. Sem esquecer também de trabalhar para manter o braile vivo.
Fonte: Rede Saci

terça-feira, 20 de julho de 2010

Projeto de Arquitetura Universal


Até o dia 25 de julho acontece no D&D Shopping, em São Paulo, a 1ª Mostra Casa e Corporativo Acessíveis 2010 - Projeto&Estilo.
A iniciativa, fruto da parceria entre a Editora Ciranda Cultural e Instituto Brasil Acessível, tem como objetivo intensificar a cultura e o trabalho de inclusão social, aumentando a acessibilidade para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, garantindo a integração dos usuários por meio de projetos da Arquitetura Universal que priorizam o design, a beleza e a tecnologia de ponta.
No local foi montada uma casa de estrutura metálica e vidro com 12 ambientes residenciais acessíveis, projetados por diversos arquitetos focados na inclusão. Os projetos pretendem atrair não apenas pessoas com deficiência, mas empresas interessadas nesse importante mercado. Estima-se que haja cerca de 5 milhões de pessoas com deficiência no Estado de São Paulo.
O objetivo é divulgar o conceito de Arquitetura Universal e permitir a todos os visitantes da Mostra que usufruam dos espaços de circulação e dos ambientes inclusivos criados por profissionais renomados, ressaltando o compromisso social do evento e tornando essa experiência inesquecível. É uma postura desafiadora e inédita no paísInovação e design são as premissas do evento que promete transformar o conceito de arquitetura no Brasil.Fonte: www.inclusodepneesnaescola.blogspot.com/

terça-feira, 20 de abril de 2010

FOTÓGRAFO PROFISSIONAL CEGO

Um deficiente pode fazer qualquer coisa. Prova disso é que as fotos da nova campanha da Associação Desportiva para Deficientes (ADD) foram tiradas por um cego. Assista esse filme!
http://www.add.org.br/novaCampanhaAdd/

Assista o filme do YouTube que mostra sua experiência como fotógrafo
http://www.youtube.com/user/ADDBrasil#p/u/5/TKy_C82gKFs
“O fato de a fotografia estar enquadrada ou não, isso é o que menos importa, pois é através da foto que o cego passa sua visão de mundo para as outras pessoas”.

sábado, 6 de março de 2010

Inclusão: Material para pesquisa MEC

DOCUMENTOS DO MEC e SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL:

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (1998)
Estratégias para a Educação de alunos com Necessidades Educacionais Especiais
http://www.musica.ufrn.br/licenciatura/pcn.pdf

REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA EDUCAÇÃO INFANTIL (2000)
Estratégias e Orientações para a Educação de crianças com Necessidades Educaionais Especiais
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/eduinf_esp_ref.pdf

DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA (2001)
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf

SABERES E PRÁTICAS DA INCLUSÃO (2003)
Estratégias para a educação de alunos com necessidades especiais
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/formador.pdf

SABERES E PRÁTICAS DA INCLUSÃO (2006)
Avaliação para identificação das Necessidades Educacionais Especiais
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/avaliacao.pdf

SABERES E PRÁTICAS DA INCLUSÃO / EDUCAÇÃO INFANTIL (2006)
Divididos nas seguintes cartilhas:

1-Introdução
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/introducao.pdf

2. Dificuldades Acentuadas de Aprendizagem ou Limitações no Processo de Desenvolvimento
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/dificuldadesdeaprendizagem.pdf

3. Dificuldades Acentuadas de Aprendizagem (deficiência múltipla)
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deficienciamultipla.pdf

4. Dificuldades de Comunicação e Sinalização (deficiência física)
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deficienciafisica.pdf

5. Dificuldade de Comunicação e Sinalização (surdocegueira/múltipla deficiência sensorial)
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/surdosegueira.pdf

6. Dificuldade de Comunicação e Sinalização (surdez)
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/surdez.pdf

7. Dificuldade de Comunicação e Sinalização (deficiência visual)
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deficienciavisual.pdf

8. Altas habilidades/ Superdotação
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/superdotacao.pdf


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ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (2006)

DEFICIÊNCIA VISUAL
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf

DEFICIÊNCIA FÍSICA
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_df.pdf

DEFICIÊNCIA AUDITIVA http://www.fecra.edu.br/admin/arquivos/Atendimento_Educacional_Especializado.pdf

DEFICIÊNCIA MENTAL
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/defmental.pdf


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Adaptações de acesso ao currículo:

ADAPTAÇÕES CURRICULARES (o que é?)
http://www.bancodeescola.com/verbete5.htm

ADAPTAÇÕES CURRICULARES DE GRANDE PORTE
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha05.pdf

ADAPTAÇÕES CURRICULARES DE PEQUENO PORTE
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000449.pdf

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ESPECÍFICOS DEFICIÊNCIA VISUAL


Orientação e Mobilidade: conhecimentos básicos para a inclusão da pessoa com deficiência visual (2003)
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ori_mobi.pdf

A construção e o conceito de número e o pré-soroban (2006)
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/pre_soroban.pdf

Grafia Braille para a Língua Portuguesa (2006)
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/grafiaport.pdf

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Inclusão e Altas habilidades/superdotação

Altas habilidades/superdotação na Educação Infantil

É importante ressaltar que crianças superdotadas em idade pré-escolar constituem um grupo heterogêneo em termos de interesses, níveis de habilidades, desenvolvimento emocional, social e físico (Cline & Schwartz, 1999). Nesse sentido, podemos nos deparar com uma criança avançada do ponto de vista intelectual, mas imatura emocionalmente.
O professor deve estar atento a essa possível falta de sincronia entre desenvolvimento intelectual e afetivo ou físico. Por exemplo, uma criança superdotada pode apresentar leitura precoce, porém ter dificuldade em manipular um lápis, pois suas habilidades motoras não estão totalmente desenvolvidas.
Além disso, a habilidade superior demonstrada por essa criança pode ser
resultado de uma estimulação intensa por parte das pessoas significativas de seu ambiente.
Ao atingir a idade escolar, o desenvolvimento dessa criança pode se normalizar e ela passar
a apresentar um desempenho semelhante aos alunos de sua idade. Por isso, nem sempre
uma criança precoce poderá ser caracterizada como superdotada. É essencial, portanto,
acompanhar o desempenho dessa criança, registrando habilidades e interesses demonstrados
ao longo dos primeiros anos de escolarização, oferecendo várias oportunidades estimuladoras
e enriquecedoras ao seu potencial.

Dentre as características mais comumente encontradas em crianças superdotadas em idade pré-escolar destacam-se (Cline & Schwartz, 1999; Lewis & Louis, 1991):

• Alto grau de curiosidade
• Boa memória
• Atenção concentrada
• Persistência
• Independência e autonomia
• Interesse por áreas e tópicos diversos
• Aprendizagem rápida
• Criatividade e imaginação
• Iniciativa
• Liderança
• Vocabulário avançado para a sua idade cronológica
• Riqueza de expressão verbal (elaboração e fluência de idéias)
• Habilidade para considerar pontos de vistas de outras pessoas
• Facilidade de interagir com crianças mais velhas ou com adultos
• Habilidade para lidar com idéias abstratas
• Habilidade para perceber discrepâncias entre idéias e pontos de vista
• Interesse por livros e outras fontes de conhecimento
• Alto nível de energia
• Preferência por situações/objetos novos
• Senso de humor
• Originalidade para resolver problemas

Metodologia e estratégias pedagógicas

Estratégias de atendimento ao aluno com altas habilidades/superdotado envolvem,
muitas vezes, diferençar ou modificar o currículo regular de modo a adequar o processo de
aprendizagem às necessidades e características desse aprendiz. Diferentes estratégias podem
ser empregadas nas classes comuns para diferenciação e modificação do currículo regular,
contribuindo, inclusive, para estimular potencialidades de toda a turma. A seguir, são
apresentados alguns exemplos de estratégias metodológicas e pedagógicas. Elas se aplicam
tanto à educação infantil quanto ao ensino fundamental.
• A aprendizagem deve ser centrada no aluno. Leve em consideração os interesses e
habilidades dos alunos.
• Implemente atividades de enriquecimento em sala de aula, como, por exemplo,
dramatizações, produção de histórias etc.
• Investigue os interesses, os estilos de aprendizagem1 e de expressão dos seus alunos
ou observe-os de forma a identificar seus interesses, pontos fortes e talentos.
• Analise e modifique o currículo existente de forma a identificar e eliminar
redundâncias e incrementar unidades que sejam desafiadoras para os alunos.
• Retire ou reduza do currículo a ser desenvolvido conteúdo que os alunos já dominam
ou que pode ser adquirido em um ritmo compatível com suas habilidades. O uso
dessa estratégia educacional elimina conteúdo curricular repetitivo, cria um ambiente
de aprendizagem desafiador, reduz sentimentos de apatia e desinteresse dos alunos
superdotados com relação às atividades desenvolvidas em sala de aula, e possibilita
a esses alunos utilizar o tempo economizado para se dedicar às atividades de seu
interesse. É importante que seja feita uma avaliação criteriosa do nível de
conhecimento do aluno acerca do conteúdo antes de se implementar essa estratégia.
• Desenvolva atividades com diferentes produtos finais, de modo que as necessidades
individuais possam ser atendidas.
• Permita que os alunos comuniquem conhecimento ou experiências prévias.
• Use várias estratégias de ensino (atividades em grupo, dramatização, brincadeiras
etc) de forma a assegurar o envolvimento do aluno em sala de aula.
• Convide pessoas da comunidade ou especialistas para falar para os alunos de forma
a despertar o interesse dos mesmos sobre o conteúdo estudado e promover o
desenvolvimento de habilidades.
• Envolva os alunos em atividades de solução de problemas que os levem a transferir
os objetivos de aprendizagem a situações em que a criatividade e outras habilidades
superiores de pensamento (por exemplo, análise, avaliação, síntese) sejam
empregadas.
• Estimule os alunos a encontrar respostas para suas próprias questões por meio de
projetos individuais (ex.: registro de atividades e descobertas em álbuns, cartazes,
filmagens, gravações, desenhos, colagens) e atividades de exploração.
• Envolva os pais no processo de aprendizagem de seus filhos (tutoria, acompanhamento
no dever de casa).
• Dê ao aluno oportunidade de escolha, levando em consideração seus interesses e
1habilidades.
• Dê oportunidades ao aluno de obter conhecimento pessoal acerca de suas
habilidades, interesses e estilos de aprendizagem, oferecendo experiências de
aprendizagem variadas.
• Relacione os objetivos do conteúdo às experiências dos alunos.
• Ofereça aos alunos informações que sejam importantes, interessantes,
contextualizadas, significativas e conectadas entre si, levando em consideração os
interesses e habilidades das crianças.
• Oriente o aluno a buscar informações adicionais sobre tópicos de seu interesse,
sugerindo fontes de informações diversificadas (livros, indivíduos, revistas, internet
etc).
• Estimule o aluno a avaliar seu desempenho em uma atividade ou tarefa.
• Valorize produtos e idéias criativas.
• Situe os alunos nos grupos com os quais melhor possa trabalhar. Dê oportunidade
aos alunos de desenvolverem atividades com outros de mesmo nível de habilidade.
• Ofereça ao aluno oportunidade de visitar e observar locais variados (ex.: parques,
jardim zoológico, jardim botânico, teatros, comércio, galerias de arte, museus, lojinha
de animais domésticos, feira, praça etc).
• Evite rotular o aluno de superdotado. Trate as diferenças individuais como um fato
natural. Lembre-se de que nem sempre o aluno superdotado terá um desempenho
excelente em todas as áreas ou atividades.

Atendimento suplementar

Conforme as Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica (Brasil
2001d), devem ser oferecidos serviços de apoio pedagógico especializado aos alunos com
necessidades educacionais especiais. No caso do superdotado, sugere-se o atendimento
suplementar para aprofundar e/ou enriquecer o currículo escolar. Este atendimento é realizado
em salas de recursos, localizadas em escolas da rede regular de ensino, em horário contrário
ao da sala de aula comum. A sala de recursos atende alunos oriundos da própria escola e de
escolas próximas que não possuem tal serviço. O atendimento suplementar a alunos
superdotados da educação infantil inicia-se por volta dos quatro anos de idade e tem como
objetivo oferecer oportunidades para que eles explorem áreas de interesse, aprofundem
conhecimentos já adquiridos e desenvolvam habilidades relacionadas à criatividade, resolução
de problemas e raciocínio lógico. Além disso, esse atendimento contribui para o
desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, como cooperação e autoconceito, e
propicia ao aluno oportunidades para eles vivenciarem o processo de aprendizagem com
motivação. É importante ressaltar que não é simples realizar, com precisão, um diagnóstico
de superdotação para crianças da educação infantil, considerando-se que elas estão em fase
inicial de desenvolvimento e que podem, ainda, ser muito estimuladas pela família. Nesse
sentido, o atendimento em salas de recursos possibilita ao professor observar e acompanhar
o desempenho do aluno e verificar se o mesmo pode ser caracterizado como uma criança com altas habilidades/superdotada.

Fonte:Saberes e Práticas da Inclusão - Altas habilidades/superdotação na Educação Infantil
Ministério da Educação / Secretaria de Educação Especial

PS. Vale a pena consultar este material na íntegra; trouxe alguns recortes do documento apenas para título de conhecimento do assunto, mas é um tema que deve ser aprofundado por todos nós enquanto educadores.
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nteligência em todos
os seus alunos e não só queles que possuem um alto QI ou que tiram as melhores notas; desenvolver mportamentos uperdotados em todos aqueles que têm potencial; nutrir o potencial da criança, rotulando o serviço e não o aluno; e desenvolver uma grande variedade de alternativas ou opções para atender as necessidades de todos os estudantes"
(Treffinger & Renzulli, 186).


pssoque marcaram a história por suas contribuições ao conhecimento e à cultura
não slembradas pelas notas que obtiveram na escola ou pela quantidade de informações que conuim memorizar, mas sim pela qualidade de suas produções criativas, expressas em , ensaios, filmes, descobertas
científicas, etc."
(Renzulli & Reis, 1985, p. 5).


O QUE NOS MOSTRA A HISTÓRIA?

􀁠 O professor de música de Beethoven uma vez disse que, como compositor, ele era “sem
esperança”.
􀁠 Isaac Newton - que descobriu o cálculo, desenvolveu a teoria da gravitação universal,
originou as três leis do movimento - tirava notas baixas na escola.
􀁠 Albert Einstein tinha dificuldades de ler e soletrar e foi reprovado em matemática.
􀁠 John Kennedy recebia em seus boletins constantes observações de “baixo rendimento” e tinha dificuldade em soletrar.
􀁠 Walt Disney foi despedido pelo editor de um jornal porque ele “não tinha boas idéias e
rabiscava demais”
􀁠 Dr. Robert Jarvick foi rejeitado por 15 escolas americanas de medicina. Ele inventou o
coração artificial.
􀁠 Thomas Edison, que além da lâmpada elétrica inventou a locomotiva elétrica, o fonógrafo
(que virou o gravador), o telégrafo e o projetor de cinema, foi um mau aluno, pouco assíduo e
desinteressado. Saiu da escola e foi alfabetizado pela mãe.

Formulário para a identificação da superdotação

Reserve alguns minutos para listar os nomes dos alunos que venham primeiramente à sua mente quando você lê as
descrições abaixo. Utilize esta lista como uma “associação livre” e de forma rápida. Não é necessário preencher todas
as linhas. É provável que você encontre mais do que um aluno em cada descrição.
01 Aprende fácil e rapidamente
02 Original, imaginativo, criativo, não-convencional
03 Amplamente informado; informado em áreas não comuns
04 Pensa de forma incomum para resolver problemas
05 Persistente, independente, auto-direcionado (faz coisa sem que seja mandado)
06 Persuasivo, capaz de influenciar os outros
07 Mostra senso comum; pode não tolerar tolices
08 Inquisitivo, cético, curioso sobre o como e porque das coisas
09 Adapta-se a uma variedade de situações e novos ambientes
10 Esperto ao fazer coisas com materiais comuns
11 Habilidades nas artes (música, dança, desenho etc.)
12 Entende a importância da natureza (tempo, lua, sol, estrelas, solo, etc.)
13 Vocabulário excepcional, verbalmente fluente
14 Aprende facilmente novas línguas
15 Trabalhador independente, mostra iniciativa
16 Bom julgamento, lógico
17 Flexível, aberto
18 Versátil, muitos interesses, interesses além da idade cronológica
19 Mostra insights e percepções incomuns
20 Demonstra alto nível de sensibilidade, empatia com relação aos outros
21 Apresenta excelente senso de humor
22 Resiste à rotina e repetição
23 Expressa idéias e reações, freqüentemente de forma argumentativa
24 Sensível à verdade e à honra
Fonte: Galbraith e Delisle (1996, p. 14)

PS. Veja na íntegra este documento, contém informações importantes, aqui é só uma amostra do conteúdo... clique no endereço abaixo:

FONTE: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me004719.pdf


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ABAHSD Associação Brasileira para Altas habilidades/ Superdotados

fundada em 19/11/1991, como seccional da Associação Brasileira para Superdotados é uma entidade da sociedade civil sem fins lucrativos que congrega pessoas interessadas em questões de inteligência, criatividade e superdotação.
Tem por finalidade a inclusão social de pessoas com altas habilidades/superdotadas e o estímulo de suas potencialidades, de modo a favorecer-lhes a auto-realização.
MISSÃO - Promover o pleno desenvolvimento do talento das pessoas com altas habilidades/superdotadas.
LEMA - Talento não se desperdiça, estimula-se.
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS
- Sensibilizar para a importância de se criar condições favoráveis ao desenvolvimento e aproveitamento do talento, da inteligência e da criatividade;
- Contribuir para a formação e aperfeiçoamento de recursos humanos destinados à pesquisa, à identificação e ao atendimento de superdotados.
- Colaborar com as entidades públicas e privadas responsáveis por formular e promover a política de atendimento e inclusão social das pessoas com altas habilidades/superdotadas.
- Congregar pessoas físicas e jurídicas interessadas em questões de inteligência, criatividade e superdotação a fim de estabelecer intercâmbio de conhecimentos e experiências, coordenando seus esforços, estudos e ações.
- Realizar estudos científicos e pesquisas sobre as pessoas com altas habilidades/superdotadas, particularmente quanto a sua identificação e atendimento.

Fonte: http://www.ut.com.br/altashabilidades/index.htm

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ConBraSD - Conselho Brasileiro para Superdotação

A área das altas habilidades/superdotação é relativamente nova no Brasil, e está cercada por muitos mitos que acentuam o desconhecimento deste tema em nossa comunidade.
Embora se reconheça que os superdotados sejam peças-chave para o desenvolvimento dos países, os esforços feitos no sentido de promover a atualização deste potencial no nosso país ainda são tímidos e ineficientes, atingindo apenas uma pequena parcela da população.
Reconhecendo esta necessidade e carência, criou-se o Conselho Brasileiro para Superdotação (ConBraSD), sociedade não governamental, sem fins lucrativos, fundada em 29 de março de 2003 em Brasília - DF.
Sua finalidade é a integração dos indivíduos mais capazes e o estímulo de suas potencialidades, de modo a favorecer-lhes a auto-realização e propiciar condições a fim de que se tornem fator de aceleração para a sociedade.

Fonte: http://www.conbrasd.com.br/

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COMO ANTENDER ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES
anças superdotadas também precisam detendimento especializado. Saiba como agir com esse público
Trabalhar com alunos com altas habilidades requer, antes de tudo, derrubar dois mitos. Primeiro: esses estudantes, também chamados de superdotados, não são gênios com capacidades raras em tudo - só apresentam mais facilidade do que a maioria em determinadas áreas. Segundo: o fato de eles terem raciocínio rápido não diminui o trabalho do professor. Ao contrário, eles precisam de mais estímulo para manter o interesse pela escola e desenvolver seu talento - se não, podem até se evadir. A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que pelo menos 5% da população tem algum tipo de alta habilidade. No Brasil, até o ano passado, haviam sido identificados 2,5 mil jovens e crianças assim. Para dar um atendimento mais qualificado a esse público, o Ministério da Educação (MEC) criou em 2005 Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação em todos os estados. Apesar de ainda pouco estruturados, esses órgãos que têm o papel de auxiliar as escolas quando elas reconhecem alunos com esse perfil em suas salas de aula.
Instituições não governamentais também apoiam professores e familiares que procuram ajuda para desenvolver talentos. Alguns exemplos são o Instituto Rogério Sternberg, no Rio de Janeiro, e o Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais da Universidade Federal do Paraná.

Os superdotados não são iguais e se dividem em vários perfis

Especialistas ressaltam que nem sempre esses alunos são os mais comportados e explicam que as altas habilidades são divididas em seis grandes blocos:

- Capacidade Intelectual Geral Crianças e jovens assim têm grande rapidez no pensamento, compreensão e memória elevadas, alta capacidade de desenvolver o pensamento abstrato, muita curiosidade intelectual e um excepcional poder de observação.

- Aptidão Acadêmica Específica Nesse caso, a diferença está em: concentração e motivação por uma ou mais disciplinas, capacidade de produção acadêmica, alta pontuação em testes e desempenho excepcional na escola

- Pensamento Criativo Aqui se destacam originalidade de pensamento, imaginação, capacidade de resolver problemas ou perceber tópicos de forma diferente e inovadora.

- Capacidade de Liderança Alunos com sensibilidade interpessoal, atitude cooperativa, capacidade de resolver situações sociais complexas, poder de persuasão e de influência no grupo.

- Talento Especial para Artes Alto desempenho em artes plásticas, musicais, dramáticas, literárias ou cênicas, facilidade para expressar ideias visualmente, sensibilidade ao ritmo musical.

- Capacidade Psicomotora A marca desses estudantes é o desempenho superior em esportes e atividades físicas, velocidade, agilidade de movimentos, força, resistência, controle e coordenação motora fina e grossa.

Veja a reportagem na íntegra:
Fonte: Revista nova Escola / Edição 224 Agosto 2009

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Para saber mais sobre superdotação / altas habilidades, clique no portal do MEC
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/superdotacao.pdf

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Filmes que falam sobre Altas Habilidades/ Superdotação

Mentes que brilham
Lances inocentes
Gênio Indomável
Uma mente Brilhante
Sociedade dos Poetas Mortos
Surpreenda-me se for capaz
Encontrando Forrester
Amadeus
BrilhanteHackers-Piratas de Computador
Código para o Inferno


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Símbolo Internacional da Surdez


LEI N. 8.160, DE 8 DE JANEIRO DE 1991
Dispõe sobre a caracterização de símbolo que permita a identificação de pessoas portadoras de deficiência auditiva.
O Presidente da República:
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Artigo 1º - É obrigatória a colocação, de forma visível, do "Símbolo Internacional de Surdez" em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de deficiência auditiva, e em todos os serviços que forem postos à sua disposição ou que possibilitem o seu uso.
Artigo 2º - O "Símbolo Internacional de Surdez" deverá ser colocado, obrigatoriamente, em local visível ao público, não sendo permitida nenhuma modificação ou adição ao desenho reproduzido no anexo a esta Lei.
Artigo 3º - É proibida a utilização do "Símbolo Internacional de Surdez" para finalidade outra que não seja a de identificar, assinalar ou indicar local ou serviço habilitado ao uso de pessoas portadoras de deficiência auditiva.
Parágrafo único - O disposto no caput deste artigo não se aplica à reprodução do símbolo em publicações e outros meios de comunicação relevantes para os interesses do deficiente auditivo, a exemplo de adesivos específicos para veículos por ele conduzidos.
Artigo 4º - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias, a contar de sua vigência.
Artigo 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Artigo 6º - Revogam-se as disposições em contrário.

A película, que deve ser colada no vidro traseiro do carro, informa aos demais motoristas que o condutor não pode ouvir sons, como a buzina de veículos e sirenes de viaturas policiais e ambulâncias.O adesivo também pode ser usado nos vidros dianteiros, no intuito de mostrar a policiais e autoridades de trânsito que o condutor não pode ouvir, evitando, assim, possíveis desentendimentos.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no Brasil aproximadamente 5,7 milhões de brasileiros com algum grau de deficiência auditiva.DivulgaçãoSegundo a subgerente de condutores do Detran/ES, Giovana Camata, atendendo a uma solicitação do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), cartazes e panfletos informativos sobre o símbolo estão sendo distribuídos para todas as Circunscrições Regional de Trânsito (Ciretrans) do Estado, além dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) e clínicas credenciadas.O objetivo é mostrar a todos os condutores a importância do respeito aos motoristas com deficiência auditiva no trânsito. Os cartazes e panfletos têm o seguinte slogan: "Para quem não consegue ouvir, este símbolo é a voz da razão. O respeito é a segurança de todos".
É preciso que os condutores saibam que este símbolo indica um motorista surdo ao volante. Para avisá-los de algo no trânsito, não adianta buzinar. O melhor é fazer sinais gestuais. Se as pessoas não entenderem o símbolo, ou não o respeitarem, podem ocorrer sérios inconvenientes, ressaltou Giovana.Os deficientes auditivos interessados em obter os adesivos devem procurar a Subgerência de Condutores, na sede do Detran/ES, em Vitória, o Ciretran ou o Posto de Atendimento Veicular (PAV) do seu município e apresentar o requerimento do adesivo (disponível nos mesmos), junto com laudo médico que ateste a deficiência, ou cópia autenticada. Após o procedimento, o condutor receberá a película em sua residência.
Fonte: http://blogvozesdosilencio.blogspot.com
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domingo, 24 de janeiro de 2010

A perfeição de Deus



No bairro do Brooklin, em Nova Iorque, Chush é uma escola dedicada ao ensino de crianças deficientes. Algumas crianças permanecem lá por toda a vida escolar,enquanto outras podem ser educadas em escolas normais. Em um jantar beneficente da escola, o pai de uma criança fez um discurso que nunca mais seria esquecido pelos presentes.Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, ele disse: - "Onde está a perfeição em meu filho Shaya? Tudo o que Deus faz, é feito com perfeição. Mas meu filho não pode entender as coisas como as outras crianças.Meu filho não pode lembrar-se de fatos ou números,como as outras crianças. Onde está a perfeição de Deus?" Todos ficaram chocados com aquela pergunta, com o sofrimento do pai. E ele continuou: - Eu acredito que quando Deus traz uma criança assim ao mundo, a perfeição que Ele busca está no modo como as pessoas reagem a esta criança. Ele contou, logo após, a seguinte história sobre o seu filho Shaya: - Uma tarde, Shaya e eu caminhávamos por um parque onde alguns meninos que ele conhecia estavam jogando beisebol, e meu filho perguntou-me: - será que eles me deixarão jogar? - Eu sabia que meu filho não era atleta e que a maioria dos meninos não o queria no time. Mas entendi que se meu filho fosse aceito para jogar, isto lhe daria uma confortável sensação de participação. Aproximei-me de um dos meninos no campo e perguntei se Shaya poderia jogar. O menino deu uma olhada ao redor, procurando por aprovação dos seus companheirosde time. Mesmo não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade em suas próprias mãos e disse: - Nós estamos perdendo por seis rodadase o jogo já está na oitava rodada. Eu acho que ele pode juntar-se ao nosso time e nós tentaremos colocá-lo para bater até a nona rodada.- Fiquei feliz quando Shaya abriu um grande sorriso. Pediram a ele para colocar uma luva e ir ao campo para jogar. No final da 8ª rodada o time de Shaya marcou alguns pontos, mas ainda estava perdendo portrês. No final da 9ª rodada novamente alguns pontos foram marcados e agora, com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Shaya foi escalado para continuar. O time deixaria meu filho de fato bater nessa circunstância e jogar fora a chance de talvez ganhar o jogo? Surpreendentemente, foi dado o taco de beisebol a meu filho. Todos sabiam que era quase impossível, porque Shaya nem mesmo sabia segurar o taco. Porém,quando Shaya tomou posição, o lançador moveu-se alguns passos para arremessar a bola suavemente, de maneira que meu filho pudesse ao menos rebater. Foi feito o primeiro arremesso e Shaya balançou desajeitadamente o taco e perdeu. Um dos companheiros do time de meu filho foi até ele e juntos seguraram o taco e encararam o lançador. Este deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Shaya. Quando veio o lance, Shaya e seu companheiro de time balançaram o taco e juntos eles rebateram a lenta bola do adversário. O lançador apanhou-a e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem da base. Shaya estaria fora e com isto o jogo terminaria. Ao invés disso, o lançador pegou a bola e lançou-a em uma curva longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homem da base. Todo o mundo começou a gritar: -Shaya, corra para a primeira base! Corra para a primeira! Nunca em sua vida ele havia corrido... Ele saiu em disparada para a linha de base, com os olhos arregalados e assustados. Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita ficou de posse da bola. Poderia ter lançado a bola ao segundo homem de base, o que colocaria Shaya para fora, pois ele ainda estava correndo. Mas, o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador e assim lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem de base. Todo o mundo gritou: -Corra para a segunda base! Corra para a segunda! Shaya correu para a segunda base enquanto os jogadores à frente dele circulavam deliberadamente para a base principal. Quando Shaya alcançou a segunda base, deu uma curta parada e o "adversário" colocou-o na direção da terceira base e todos gritaram: -Corra para a terceira! Quando Shaya contornou a terceira base, os meninos de ambos os times correram atrás dele gritando: -Shaya, corra para a base principal! Shaya correu para a base principal, pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse ganhado o jogo para o time dele e vencido um campeonato. -Nesse dia - disse o pai docemente, e com lágrimas caindo sobre sua face - esses 18 meninos alcançaram a perfeição de Deus! Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo no rosto de meu filho! Algumas pessoas ainda se preocupam com as outras! Vamos ter a esperança de que todos podemos fazer a vida um pouco melhor para aqueles que nos cercam, e somente assim conseguiremos chegar à Perfeição de Deus!!

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UM RECADO DE DEUS


Um recado de Deus Aqueles que dispõem da visão perfeita, com certeza não podem avaliar a preciosidade que é ter noção de espaço, distâncias, cores - tudo o que os olhos oferecem todos os dias.
Por isso, ouvir o depoimento de uma senhora nova-iorquina, cega, que mora sozinha, é oportuno.

Durante todo o inverno ela ficou dentro de casa a maior parte do tempo. Naquele dia de final de abril, a friagem amenizou e ela sentiu o perfume forte e estimulante da primavera. Seus ouvidos escutaram o canto insistente de um passarinho do lado de fora da janela. É como se a pequena ave a estivesse convidando a sair de casa.
Preparou-se, tomou a bengala e saiu. Voltou o rosto para o sol, deu-lhe um sorriso de boas-vindas, agradecida pelo seu calor e a promessa do verão. Caminhando tranqüila pela rua sem saída, escutou a voz da vizinha a lhe perguntar se não desejava uma carona. "Não", respondeu ela. As minhas pernas descansaram o inverno inteiro. As juntas estão precisando ser lubrificadas e um passeio a pé me fará bem. Ao chegar na esquina ela esperou, como era seu costume, que alguém se aproximasse e permitisse que ela o acompanhasse, quando o sinal ficasse verde.
Os segundos pareceram uma eternidade. E ninguém aparecia. Nenhuma oferta de ajuda. Ela podia ouvir muito bem o ruído nervoso dos carros passando com rapidez, como se tivessem que conduzir os seus ocupantes a algum lugar, muito, muito depressa. Por um momento se sentiu só, desprotegida. Resolveu cantarolar uma melodia.
Do fundo da memória, recordou-se de uma canção de boas-vindas à primavera, que havia aprendido na escola quando era criança. De repente, ela ouviu uma voz masculina forte e bem modulada:
"Você me parece um ser humano muito alegre. Posso ter o prazer de sua companhia para atravessar a rua?" Ela fez que sim com a cabeça, sorriu e murmurou ao mesmo tempo um "sim". Delicadamente, ele segurou o braço dela. Enquanto atravessavam devagar, conversaram sobre o tempo e como era bom, afinal, estar vivo num dia daqueles. Como andavam no mesmo passo, era difícil se saber quem era o guia e quem era o guiado. Mal haviam chegado ao outro lado da rua, ouviram as buzinas impacientes dos automóveis. Devia ser a mudança de sinal. Ela se voltou para o cavalheiro, abriu a boca para agradecer pela ajuda e pela companhia. Antes que pudesse dizer uma palavra, ele já estava falando:
"Não sei se você percebe como é gratificante encontrar uma pessoa tão bem disposta para acompanhar um cego como eu, na travessia de uma rua." ...

*** Às vezes, quando nos sentimos sós no universo, Deus nos manda uma imagem semelhante para diminuir nossa sensação de isolamento e disparidade. É sempre reconfortante conseguir perceber que, sejam quais forem as dificuldades e limitações que estejamos atravessando, sobre a terra existem outras tantas dezenas ou centenas de criaturas que, como nós, passam por situações semelhantes. E, o mais importante, lutam e vencem. É a mensagem viva de bom ânimo da divindade para as nossas próprias vidas.

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CARTA DE UM EXCEPCIONAL

MAMÃE Num raro momento de felicidade, recobrei a consciência e por alguns instantes libertei-me do corpo. Livre dos embaraços físicos, pedi a Deus a oportunidade de comunicar-me com você. Sei o quanto sofre ao ver-me no corpo excepcional onde me abrigo como filho do teu coração, por isso quis falar-lhe: Saiba maezinha querida, antes de receber-me carinhosamente em seu ventre, eu era um náufrago nos mares espirituais do sofrimento, foi você a praia que me acolheu devolvendo-me a segurança. Não pense que se eu tivesse morrido ao nascer teria sido melhor para nós dois, é um engano cruel, pois o que mais importa para mim é viver , o seu amor é a força que pode prolongar-me a vida. O corpo disforme que hoje sustenta-me a vida,representa para mim um tesouro de bênçãos onde reeduco o meu espírito aprendendo a valorizar a vida que tantas vezes desprezei. Sei que sofres por eu não poder dar-lhe as alegrias de uma criança sadia, porém reconforta-me saber que para as mães como você, Deus reserva as alegrias celestiais. Ser mãe é missão natural das mulheres. Ser mãe de alguém como eu é missão que Deus só entrega a mulheres especiais como você. Vou retornar ao corpo, assim como uma ave que retorna ao ninho onde se abriga das tempestades, mas antes rogo a Deus que lhe abençoe, colocando nesta rogativa a força da gratidão de um filho que teve a felicidade de ter um Anjo como mãe.

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CICATRIZES DO AMOR

Um menino tinha uma cicatriz no rosto, as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado, na realidade quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia.
Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não freqüentasse mais o colégio, o professor levou o caso à diretoria do colégio.
A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão:
Que não poderia tirar o menino do colégio, e que conversaria com o menino e ele seria o ultimo a entrar em sala de aula, e o primeiro a sair, desta forma nenhum aluno via o rosto do menino, a não ser que olhassem para trás.
O professor achou magnífica a idéia da diretoria, sabia que os alunos não olhariam mais para trás. Levado ao conhecimento do menino da decisão ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição:
Que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula, para dizer o por quê daquela CICATRIZ.
A turma concordou, e no dia o menino entrou em sala dirigiu-se a frente da sala de aula e começou a relatar:
- Sabe turma eu entendo vocês, na realidade esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri:
- Minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa minha mãe passava roupa para fora, eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade...
A turma estava em silêncio atenta a tudo .
O menino continuou: além de mim, haviam mais 3 irmãozinhos, um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida.
Silêncio total em sala.
-... Foi aí que não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira começou a pegar fogo, minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora, havia muita fumaça, as paredes que eram de madeira, pegavam fogo e estava muito quente... Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois minha mãe tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chama. Só que quando minha mãe tentou entrar na casa em chamas as pessoas que estavam ali, não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha, eu via minha mãe gritar:
- "Minha filhinha está lá dentro!" Vi no rosto de minha mãe o desespero, o horror e ela gritava, mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha...
Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar. Saí de entre as pessoas, sem ser notado e quando perceberam eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava. Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito... Neste momento vi caindo alguma coisa, então me joguei em cima dela para protegê-la, e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto...
A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada, então o menino continuou: Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha me beija porque sabe que é marca de AMOR.
Vários alunos choravam, sem saberem o que dizerem ou fazerem, mas o menino foi para o fundo da classe e imovelmente sentou-se.
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